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VENERÁVEL ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO

Fraternidade de Vila do Conde

 

Quando El-Rei D. Luís assinou no Paço de Mafra, no dia 22 de julho de 1863, a carta régia que autorizava a compra dum terreno para fundação dum «Azylo» de idosos, não adivinhava que após 152 anos esse espaço se mantivesse de pé como refúgio de gente acarinhada, com «validade até ao fim».

El-Rei nunca imaginou a corte de ilustres senhores que se entregaram aos destinos desta Venerável Instituição, fazendo dela morada onde tantos se escondem, a fim de programarem a última travessia da vida.

A marcha dos seus 152 anos tem-se feito de enormes cautelas, de apostas, desafios, contrastes e certezas, mas sempre de coragem, o que tem permitido que ao longo deste tempo, a atitude de grandeza humana dos seus responsáveis, tenha sido acompanhada por uma sempre crescente ampliação de espaços, valências, alicerçadas em técnicos altamente qualificados.

Assim, neste século XXI, dominado pela tecnologia, a Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Vila do Conde, tem sabido acompanhar essa evolução, com permanentes ações de formação para o seu quadro de pessoal, numa atualização de meios e serviços, responsavelmente enquadrados pelos mais elevados padrões de qualidade, o que permite a esta secular instituição de solidariedade social, aceitar com grande confiança os desafios do presente, na certeza de que o futuro, mesmo difícil que teima em acompanhar estas Casas de Amor ao próximo, não seja motivo de desânimo ou desistência do seu desígnio.

Os seus equipamentos, lares de referência pela sua elevada qualidade, definida em rigor pelos mais recentes avanços tecnológicos, permite uma diversificada oferta, que tem sido, por isso mesmo, motivo de escolha por uma população cada vez mais carente deste tipo de serviços, numa faixa etária, com uma crescente esperança de vida, conhecendo mesmo uma nova denominação – quarta idade, justificada pelos cuidados que cada vez são maiores, permitindo, assim, uma motivação para uma vida mais longa, mas longa também na dignidade desse espaço temporal.

Lar de São Francisco, Santo António, São Domingos, Santa Clara, em Vila do Conde, e atravessando a ponte para a margem sul, o Lar de São João, em Azurara, equipamento modelar que alberga para além de lar para idosos, o apoio domiciliário, creche e jardim de infância, com instalações e materiais que obedecem aos mais rigorosos critérios de qualidade.
O espaço geográfico em que se inserem estes equipamentos, próximos de grandes vias de comunicação e também importantes núcleos habitacionais, facilitam o acesso para visitas aos familiares que confiam em nós os seus entes mais queridos.

Lar de Idosos que há 152 anos era chamado de Asilo de São Francisco.

Mas se a fundação precede sempre a inauguração, esta acontece no ano de 1867, quando aqui deram entrada os primeiros residentes – um simpático casal de velhinhos, de nome José Gomes Saraiva e Antónia Margarida.
Mas, antes da inauguração, em 1867 foram criadas as condições que permitiram o começo do funcionamento, as financeiras, concretamente os Legados de benfeitores – o primeiro dos quais foi avultada oferta testamentária de António José da Costa, no ano de 1865.

E, antes deste legado determinante, tinha passado para a posse da Ordem Terceira, por carta de sentença, o Convento da Encarnação, no ano de 1864. Era ministro José Alves Carneiro.

Passados 152 anos, a Ordem Terceira de São Francisco de Vila do Conde, atualmente dirigida pelo Ministro, Carlos Manuel Martins Pontes, busca diariamente uma atualidade, na certeza de uma troca de vivências de gerações que escolhem viver com esta instituição os dias finais de uma vida nem sempre justa e capaz de lhe oferecer fora das suas paredes, aquilo que nesta Casa se vive com naturalidade: o amor e o carinho, na Paz e no Bem!